ter, 30 de abril de 2024 05:18

Botelho apoia leis mais rigorosas com detenção para desmatadores.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), defendeu leis mais rígidas, prisão a desmatadores e a perda das propriedades no caso de crimes ambientais graves, como o cometido pelo pecuarista Claudecy Oliveira Lemes no Pantanal, que provocou a morte de espécies arbóreas mediante o uso irregular e reiterado de 25 tipos de agrotóxicos em área de vegetação nativa, promovendo o desmatamento ilegal em 11 propriedades rurais. 

O assunto veio à tona com a reportagem exibida no Fantástico, no domingo (14), e o parlamentar fez questão de se posicionar sobre o assunto, deixando claro também o alinhamento com o governador Mauro Mendes (União).

“É estarrecedor ver esse vídeo, essa matéria que passou no Fantástico, o direito à propriedade não dá direito a destruir o meio ambiente. Eu e o governador Mauro Mendes temos o mesmo pensamento sobre este assunto, tem que haver prisão e a perda da área” disse. 

O pecuarista tem 11 fazendas em Barão de Melgaço e é acusado de desmatar o Pantanal para plantar capim e fazer pasto para boi. Com o embargo da terra, as propriedades agora serão administradas por uma empresa indicada pela Justiça até que termine as investigações.

Segundo os autos, a intenção do fazendeiro era aniquilar a vegetação mais alta e o que restou foi apenas uma área cinzenta, resultado de um processo chamado de desfolhamento químico, obtido quando se faz pulverização criminosa ao lançar de avião toneladas de agrotóxico sobre a mata preservada.

A investigação descobriu que o pecuarista investiu R4 25 milhões para realizar a aplicação de herbicidas durante 3 anos. Os policiais também encontraram 240 toneladas de sementes de capim especial para pastagem, uma espécie exótica, diferente da que nasce no Pantanal.

O pecuarista tem um histórico de crimes ambientais. Desde 2019, ele acumula 15 autuações por dano ambiental no Pantanal, inclusive, enquanto fazia o desmate químico, ele deveria restaurar áreas da fazenda, conforme previsto em um acordo assinado com o Ministério Público. Pelo crime ambiental cometido, o fazendeiro foi multado em mais de R$ 2,8 bilhões, a maior sanção administrativa já registrada pela Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT).

Diante deste histórico de recorrência, Botelho reforça a necessidade de leis mais duras para evitar que a natureza seja destruída. O Pantanal é um patrimônio da humanidade, com uma rica diversidade, e precisa ser preservado. “Vamos fazer leis mais duras com a perda da propriedade para essas pessoas que cometem este tipo de crime. Isso é um compromisso do governador e do deputado Eduardo Botelho: combater duramente os crimes ambientais”, defendeu.

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